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terça-feira, 13 de outubro de 2015

CIDADANIA E PATRIOTISMO

Armando Bartolomeu de Souza e Silva Filho
Temos nos acostumado a ver a população pedir socorro aos “outros” e nos surpreendemos quando percebemos que esses “outros”, na verdade, somos nós mesmos na terceira pessoa... Porque não existem “outros”, somos apenas nós, brasileiros, um só povo e um só país.
Como “pecadores penitentes” pedindo fervorosamente a Deus, para o qual a maioria pouco se lembra de rezar nos tempos de fartura, que envie seu “exército de anjos” para nos livrar do fogo do inferno comunista. Para que venha nos salvar de nós mesmos, que inocentemente ou “oportunamente”, não repudiamos ou até incentivamos (de forma consciente ou não) àqueles que com suas falácias semearam o descrédito dos nossos valores tradicionais e a discórdia com o objetivo anunciado de desvirtuar nossos princípios, desconstruir nossas famílias, corromper a economia e mudar a nossa ideologia política, se perpetuando no poder.
Isso fica evidente quando percebemos que, infelizmente, ainda não conseguimos aprender os verdadeiros conceitos de justiça, cidadania e muito menos o de patriotismo.
Hoje existem “filósofos” psicodélicos pós-modernos e pessoas tão desventuradas, que se permitem acreditar cegamente nas palavras de anarquistas oportunistas, que pregam uma ideologia absolutista, se dizendo “progressistas”. Que intencionalmente distorcem o equilíbrio de conceitos fundamentais como: obrigações, direitos e deveres. Dessa forma prometem o paraíso na terra para os desamparados emocionais, culturais e sociais.
A propaganda maciça ao estilo paternalista, afirmando que “tudo” tem que ser, necessariamente, de todos igualmente. Excluindo-se os benefícios de seus líderes, é claro. Indiferentemente de qualquer outra coisa, principalmente a coerência, o merecimento, trabalho e a justiça...
Dentro desta ideologia utópica e oportunista está o falso contexto de que o Estado tem de fornecer de “graça” tudo o que as pessoas precisam: saúde, educação, segurança, transporte... Mas, infelizmente, na vida nada é de graça. Sempre, de uma forma ou de outra, alguém tem que trabalhar muito e pagar caro por tudo o que é distribuído de “graça”. O mais incrível é que essas pessoas não são capazes de compreender que em uma democracia livre e Constitucional de Direito, o patrimônio público é um bem comum da sociedade. “Tudo é de todos” e todos podem usufruir e participar do esforço para melhorá-lo, como: nossa infraestrutura social e econômica, ruas, praças, estradas, parques, jardins, monumentos históricos, serviços públicos... Que precisamos preservar e defender, porque são nossos.
Os bens mais importantes que temos são: a família, a educação e direitos iguais. O tripé que edifica a nossa sociedade. Muito embora, infelizmente, poucas vezes tenhamos oportunidades iguais. Esses bens preciosos são necessidades que suprimos, conquistando, individualmente, cada uma delas com nosso próprio esforço e sacrifícios. Por isso são direitos. Quando qualquer um desses pilares se fragmenta tudo o mais começa a desmoronar. A partir de então surge a anarquia, os oportunistas da dor alheia, a “prostituição social”.
Poucos passam a “ditar” o que é certo ou o que é errado. Assim, muitos se tornam excluídos, marginalizados, reprimidos e rotulados. Seus direitos individuais e trabalhistas são negados. O medo se torna maior do que a importância das nossas necessidades, ou valores. Ninguém quer se comprometer ou sair de sua “zona de conforto”. Em vez de participar ativamente da vida social e política, enaltecer e se regozijar com as coisas boas, observar, se indignar, protestar e enfrentar os desmandos e crimes comuns praticados pelos oportunistas, travestidos de defensores das liberdades individuais, dos populistas ditatoriais e inimigos do progresso social, simplesmente se calam.
Muitos até reclamam, escondidos no anonimato da multidão e poucos se manifestam corajosamente em público. O medo custa caro. Na vida tudo tem o seu custo e as coisas mais significativas o poder econômico não compra. Precisamos nos esforçar muito, aprender, laborar, fazer muitos sacrifícios para conquistá-las. Não somos culpados pelos erros dos outros, mas em sociedade somos todos igualmente responsáveis. Ou pelo menos deveríamos ser...  
Por isso cresce todos os dias o número de pessoas que pedem socorro as Forças Armadas para “desinfetar” os poderes constitucionalmente constituídos e corrompidos. Embora seja um pedido “lúcido” porque a sociedade civil se sente frágil, despreparada e incapaz de conter os abusos de poder e a corrupção desenfreada de governantes e empreendedores com grande poder econômico, mas perniciosos. O sentimento de impotência diante da ameaça declarada de que nossos governantes mudem nossa ideologia política, social e econômica de forma a se “se perpetuar no poder”.
As pessoas temem que o nosso Brasil livre, democrático e republicano seja transformado em um país “bolivarianista” (a versão tropical do comunismo), subvertendo os poderes constitucionais: Executivo, Legislativo e o Judiciário, mesmo sem nenhum apoio popular.
A questão é que quando o “inimigo” se esconde atrás de falácias, propaganda enganosa, bravatas e tumultos com o propósito de desorientar a população, escondendo seus desvios de conduta da sociedade civil, que confusa, acaba por se omitir em vez de se manifestar publicamente. Enfraquece suas instituições e a população não enfrenta as suas crises, como acontece nos países mais desenvolvidos, político-social e culturalmente. Não são questões ideológicas ou político-partidárias, são casos de polícia que precisam ser investigados, seus responsáveis levados aos tribunais e punidos rigorosamente, como pessoas comuns. Mas infantil e comodamente, os latinos americanos em sua maioria, têm o hábito de esperam que “alguém” assuma esta responsabilidade.
A função das Forças Armadas não é a de agir como Polícia Civil, Cruz Vermelha ou a Assistência Social. Precisamos, como cidadãos, enfrentar a viralização das tentativas de desconstrução social dos nossos princípios, cultura, família, tradição e da democracia conquistada com grande esforço, sacrifício, com sangue de muitos que lutaram e morreram por ela. Se tudo falhar e a Segurança Nacional ficar em risco, então as Forças Armadas cumprirão, como sempre cumpriram, a sua função constitucional. Mas precisamos nos esforçar, fortalecer nossas instituições político-sociais para que essa Intervenção não seja necessária.
Mas se for... Que os nossos militares não demorem a intervir, pois cada instante de atraso significará perdas irreparáveis para o Brasil e para cada um dos brasileiros, porque estaremos diante de uma guerra civil sem precedentes na nossa história.
Acredito que está mais do que na hora da sociedade civil voltar às ruas para mostrar seu apoio às nossas instituições, Polícia Militar, judiciário (especialmente o juiz Sérgio Aldo Mouro e a Operação Lava Jato), e às forças armadas brasileiras e também para pressionar nosso Legislativo para que os políticos entendam definitivamente que foram eleitos para nos representar e não para legislar em causa própria.
Armando Bartolomeu de Souza e Silva Filho integra a Central de Coordenação de Intervencionistas (CCI)

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