Armando Bartolomeu de Souza e Silva Filho
Temos
nos acostumado a ver a população pedir socorro aos “outros” e nos
surpreendemos quando percebemos que esses “outros”, na verdade, somos
nós mesmos na terceira pessoa... Porque não existem “outros”, somos
apenas nós, brasileiros, um só povo e um só país.
Como
“pecadores penitentes” pedindo fervorosamente a Deus, para o qual a
maioria pouco se lembra de rezar nos tempos de fartura, que envie seu
“exército de anjos” para nos livrar do fogo do inferno comunista. Para
que venha nos salvar de nós mesmos, que inocentemente ou
“oportunamente”, não repudiamos ou até incentivamos (de forma consciente
ou não) àqueles que com suas falácias semearam o descrédito dos nossos
valores tradicionais e a discórdia com o objetivo anunciado de
desvirtuar nossos princípios, desconstruir nossas famílias, corromper a
economia e mudar a nossa ideologia política, se perpetuando no poder.
Isso
fica evidente quando percebemos que, infelizmente, ainda não
conseguimos aprender os verdadeiros conceitos de justiça, cidadania e
muito menos o de patriotismo.
Hoje existem “filósofos” psicodélicos pós-modernos e pessoas tão
desventuradas, que se permitem acreditar cegamente nas palavras de
anarquistas oportunistas, que pregam uma ideologia absolutista, se
dizendo “progressistas”. Que intencionalmente distorcem o equilíbrio de
conceitos fundamentais como: obrigações, direitos e deveres. Dessa forma
prometem o paraíso na terra para os desamparados emocionais, culturais e
sociais.
A
propaganda maciça ao estilo paternalista, afirmando que “tudo” tem que
ser, necessariamente, de todos igualmente. Excluindo-se os benefícios de
seus líderes, é claro. Indiferentemente de qualquer outra coisa,
principalmente a coerência, o merecimento, trabalho e a justiça...
Dentro
desta ideologia utópica e oportunista está o falso contexto de que o
Estado tem de fornecer de “graça” tudo o que as pessoas precisam: saúde,
educação, segurança, transporte... Mas, infelizmente, na vida nada é de
graça. Sempre, de uma forma ou de outra, alguém tem que trabalhar muito
e pagar caro por tudo o que é distribuído de “graça”. O mais incrível é
que essas pessoas não são capazes de compreender que em uma democracia
livre e Constitucional de Direito, o patrimônio público é um bem comum
da sociedade. “Tudo é de todos” e todos podem usufruir e participar do
esforço para melhorá-lo, como: nossa infraestrutura social e econômica,
ruas, praças, estradas, parques, jardins, monumentos históricos,
serviços públicos... Que precisamos preservar e defender, porque são
nossos.
Os
bens mais importantes que temos são: a família, a educação e direitos
iguais. O tripé que edifica a nossa sociedade. Muito embora,
infelizmente, poucas vezes tenhamos oportunidades iguais. Esses bens
preciosos são necessidades que suprimos, conquistando, individualmente,
cada uma delas com nosso próprio esforço e sacrifícios. Por isso são
direitos. Quando qualquer um desses pilares se fragmenta tudo o mais
começa a desmoronar. A partir de então surge a anarquia, os oportunistas
da dor alheia, a “prostituição social”.
Poucos
passam a “ditar” o que é certo ou o que é errado. Assim, muitos se
tornam excluídos, marginalizados, reprimidos e rotulados. Seus direitos
individuais e trabalhistas são negados. O medo se torna maior do que a
importância das nossas necessidades, ou valores. Ninguém quer se
comprometer ou sair de sua “zona de conforto”. Em vez de participar
ativamente da vida social e política, enaltecer e se regozijar com as
coisas boas, observar, se indignar, protestar e enfrentar os desmandos e
crimes comuns praticados pelos oportunistas, travestidos de defensores
das liberdades individuais, dos populistas ditatoriais e inimigos do
progresso social, simplesmente se calam.
Muitos
até reclamam, escondidos no anonimato da multidão e poucos se
manifestam corajosamente em público. O medo custa caro. Na vida tudo tem
o seu custo e as coisas mais significativas o poder econômico não
compra. Precisamos nos esforçar muito, aprender, laborar, fazer muitos
sacrifícios para conquistá-las. Não somos culpados pelos erros dos
outros, mas em sociedade somos todos igualmente responsáveis. Ou pelo menos deveríamos ser...
Por
isso cresce todos os dias o número de pessoas que pedem socorro as
Forças Armadas para “desinfetar” os poderes constitucionalmente
constituídos e corrompidos. Embora seja um pedido “lúcido” porque a
sociedade civil se sente frágil, despreparada e incapaz de conter os
abusos de poder e a corrupção desenfreada de governantes e
empreendedores com grande poder econômico, mas perniciosos. O sentimento
de impotência diante da ameaça declarada de que nossos governantes
mudem nossa ideologia política, social e econômica de forma a se “se
perpetuar no poder”.
As
pessoas temem que o nosso Brasil livre, democrático e republicano seja
transformado em um país “bolivarianista” (a versão tropical do
comunismo), subvertendo os poderes constitucionais: Executivo,
Legislativo e o Judiciário, mesmo sem nenhum apoio popular.
A questão é que quando o “inimigo” se esconde atrás de falácias,
propaganda enganosa, bravatas e tumultos com o propósito de desorientar
a população, escondendo seus desvios de conduta da sociedade civil, que
confusa, acaba por se omitir em vez de se manifestar publicamente.
Enfraquece suas instituições e a população não enfrenta as suas crises,
como acontece nos países mais desenvolvidos, político-social e
culturalmente. Não são questões ideológicas ou político-partidárias, são
casos de polícia que precisam ser investigados, seus responsáveis
levados aos tribunais e punidos rigorosamente, como pessoas comuns. Mas
infantil e comodamente, os latinos americanos em sua maioria, têm o
hábito de esperam que “alguém” assuma esta responsabilidade.
A
função das Forças Armadas não é a de agir como Polícia Civil, Cruz
Vermelha ou a Assistência Social. Precisamos, como cidadãos, enfrentar a
viralização das tentativas de desconstrução social dos nossos
princípios, cultura, família, tradição e da democracia conquistada com
grande esforço, sacrifício, com sangue de muitos que lutaram e morreram
por ela. Se tudo falhar e a Segurança Nacional ficar em risco, então as
Forças Armadas cumprirão, como sempre cumpriram, a sua função
constitucional. Mas precisamos nos esforçar, fortalecer nossas
instituições político-sociais para que essa Intervenção não seja
necessária.
Mas
se for... Que os nossos militares não demorem a intervir, pois cada
instante de atraso significará perdas irreparáveis para o Brasil e para
cada um dos brasileiros, porque estaremos diante de uma guerra civil sem
precedentes na nossa história.
Acredito
que está mais do que na hora da sociedade civil voltar às ruas para
mostrar seu apoio às nossas instituições, Polícia Militar, judiciário
(especialmente o juiz Sérgio Aldo Mouro e a Operação Lava Jato), e à
s
forças armadas brasileiras e também para pressionar nosso Legislativo
para que os políticos entendam definitivamente que foram eleitos para
nos representar e não para legislar em causa própria.
Armando Bartolomeu de Souza e Silva Filho integra a Central de Coordenação de Intervencionistas (CCI)